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Atividades manuais podem ter mais efeito na saúde mental do que ter um emprego

  • Foto do escritor: Mauricio Bavose
    Mauricio Bavose
  • 17 de out. de 2024
  • 3 min de leitura
atividades manuais

Em novo estudo, pesquisadores da Universidade Anglia Ruskin, do Reino Unido, mediram os impactos de atividades como tricô, costura e desenhos no bem-estar da população.

 

Tricô, crochê, costura, cerâmica, pintura, desenhos… seja qual for a modalidade de atividade manual, ela pode aumentar significativamente nossa satisfação com a vida e nossa felicidade – ainda mais do que ter um emprego.

 

É o que revela um novo estudo, feito por pesquisadores da Universidade Anglia Ruskin, no Reino Unido. A coleta de dados foi feita entre 2019 e 2020, com cerca de 7,1 mil indivíduos com mais de 16 anos estudados.

 

A ideia do estudo, segundo publicação no jornal Frontiers in Public Health, é preencher algumas lacunas dessa área de pesquisa. Segundo os estudiosos, até então, o foco dos levantamentos se concentrava ora em atividades específicas, ora em indivíduos que sofriam com questões de saúde mental.

 

O objetivo, portanto, era abordar se o engajamento geral nessas atividades tinha algum efeito bem-estar subjetivo da população como um todo (não apenas a “população clínica” investigada anteriormente), em uma amostra maior e mais representativa.

 

Mas não só isso. Além de medir o impacto no bem-estar e na felicidade dos participantes, eles também queriam fazer uma comparação com outros fatores que já conhecemos, como gênero, faixa etária, saúde e status de emprego.

 

Por exemplo: o desemprego e uma saúde deteriorada tendem a carcomer nosso bem-estar. Outros estudos mostram que ele também diminui com a idade. Em relação a gênero, há estudos mistos sobre o assunto, mas a nossa relação com ele (estar bem resolvido ou mal resolvido internamente com essas questões, por exemplo) também afetam nossa felicidade e nosso bem-estar.

 

“Essa avaliação de magnitude nos permite avaliar o quão benéfico o envolvimento com arte e artesanato pode ser para o bem-estar e a solidão em um ambiente real”, escrevem os pesquisadores.

 

O que exatamente a pesquisa categoriza como bem-estar? Eles usaram a referência do Escritório Nacional de Estatísticas do Reino Unido: “compreende variáveis ​​de felicidade, ansiedade, satisfação com a vida e uma sensação de que a vida vale a pena, pois essas variáveis ​​fornecem uma boa medida de se sentir bem (emoções positivas e satisfação com a vida) e de se sair bem (uma sensação de realização).”

Resultados

O resultado da pesquisa mostra que, além de ter benefícios palpáveis para a felicidade e bem-estar dos indivíduos, quantitativamente, os níveis de ambos são maiores nesse tipo de atividade o que quando levamos em consideração outros fatores. Ou seja: ter um emprego, estar no primor da idade, ter boa saúde… essas variáveis trazem níveis altos de bem-estar, mas não tanto quanto as atividades manuais.

 

E isso traz uma pá de benefícios indiretos. O bem-estar positivo está associado a um maior rendimento escolar, melhores resultados de saúde física, comportamentos de saúde física mais positivos e redução da mortalidade. Também reduz pensamentos suicidas e diminui drasticamente nossos níveis de solidão.

 

Os estudiosos concluem que os dados são importantes não somente a nível ideal, mas também quando pensamos em políticas de saúde pública. Afinal, tais atividades têm retorno imenso à saúde mental da população, têm custos e materiais acessíveis e podem ajudar a promover políticas de saúde mais eficazes.

 

“Esta será uma ferramenta útil em nível de saúde pública, observando a relativa acessibilidade e preço acessível da criação de artes e artesanato”, argumentam os pesquisadores.

 

“Quaisquer intervenções para combater os profundos problemas de saúde pública de baixo bem-estar e elevada solidão podem, portanto, ter um impacto significativo”, finalizam.

 

Revista Você SA

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